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Revista de la Facultad de Agronomía

versión impresa ISSN 0378-7818

Rev. Fac. Agron. v.26 n.2 Caracas jun. 2009

 

Análise econômica dos sistemas de cultivo com Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby (Paricá) E Ananas comosus var. erectifolius (L. B. Smith) Coppus & Leal (Curauá) no município de Aurora do Pará (pa), Brasil

Economical analysis of cultivation systems with Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby (Parica) and Ananas comosus var. erectifolius (L. B. Smith) Coppus & Leal (Curaua) crop at Aurora do Pará, Brazil

I.M. Castro Coimbra Cordeiro1, A. Cordeiro de Santana2, O.A. Lameira3 e I. Matos Silva4

1 UFRA/Embrapa Amazônia Oriental, Trav. Quintino Bocaiúva, Nº 1145/604, Nazaré, CEP: 66053-240.

2 Universidade Federal Rural da Amazônia- UFRA, Av. Tancredo Neves, Nº2501, Terra Firme, Caixa Postal 917, CEP:66.077-530, Belém, Pará, Brasil.

3 UFRA/Embrapa Amazônia Oriental, Trav. Enéas Pinheiro, S/N CEP 66095-100 Belém (PA) Brasil.

4 UFRA/Embrapa Amazônia Oriental, Av. Tancredo Neves, Nº2501, Montese, CEP:66.077-530, Belém, Pará, Brasil.

Autor de correspondencia e-mail: mgti@amazon.com.br; santana@nautilus.com.br;osmar@embrapa,captu.br; Imds21@yahoo.com

Resumo

O objetivo do trabalho foi analisar a viabilidade econômica dos sistemas de cultivo com Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby e Ananas comosus var. erectifolius (L. B. Smith) Coppus & Leal, considerando-se três sistemas distintos: I) Monocultivo de Paricá; II) Monocultivo de Curauá; e III) Sistema Paricá e Curauá. Os sistemas foram implantados no Campo Experimental da Empresa Tramontina Belém, localizado no município de Aurora do Pará (PA). A partir dos registros das contas de despesa e receita do orçamento unitário, elaborados para cada sistema, foi construído o fluxo de caixa. A viabilidade econômica foi determinada por meio do valor presente líquido (VPL), razão benefício/custo (B/C) e taxa interna de retorno (TIR). Utilizou-se como custo de oportunidade uma taxa de juros de longo prazo de 12% ao ano. Os custos e as receitas foram mensurados em R$/ha. Os resultados mostraram que o monocultivo de Curauá apresentou o maior VPL (R$ 19.853,44), seguido do sistema agroflorestal de Paricá e Curauá (R$ 9.507,795). O sistema Paricá e Curauá apresentou a maior relação benefício/custo (1,29) enquanto a menor ficou com o monocultivo de Paricá. Das atividades analisadas, o monocultivo de Curauá apresentou maior TIR (44%), seguido do sistema Paricá e Curauá (33%), valores superiores ao custo de oportunidade. A associação Paricá e Curauá mostrou-se economicamente viável, tanto para agricultores que desejam implantar um povoamento florestal, quanto para as empresas madeireiras interessadas na redução dos custos da implantação de povoamentos florestais.

Palavras-chave: Indicadores econômicos, sistemas agroflorestais, reflorestamento, Curauá e Paricá.

Abstract

The main purpose of this work was to analyze the economic viability of crop systems with Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby and Ananas comosus var. erectifolius (L. B. Smith) Coppus & Leal, considering three distinct systems: I) parica Monoculture; II) Curauá monoculture; and III) Paricá + Curauá system. The experiment was carried out in the Tramontina's Belém experimental field in Aurora do Pará, PA. From the registers of the accounts of expenditure and prescription of the unitary budget, elaborated for system each, a box flow was elaborated. The economic viability was determined through calculations of: Net Present Value (NPV), Benefit/cost ratio (B/C.R), Break-even point (BEP) and Internal Rate of Return (IRR) in three distinct activities. For tax calculations of a 12% of discounting was chosen. The costs and the prescriptions had been esteem in R$/ha. Results showed that Curauá monoculture had a greater VPL (R$ 19,853.44), followed by the plantation of parica and curaua (R$ 9,507.795). The Paricá and Curauá system showed a high benefit/cost relation (1.29), while parica monoculture the B/C.R was less than 1. Among the analyzed activities, the Curauá monoculture showed a greater TIR (44%) followed by the Paricá and Curauá system (33%). The association between Paricá and Curauá showed to be economically recommendable, as for agriculturists, whom they desire to implant a forest stand, as for companies interested in the reduction of the forest costs.

Key words: Economic indexes, Agro-forestry system, reforestation, curaua, parica.

Recibido el 10-7-2007 Aceptado el 14-11-2008

Introdução

Na região amazônica, as áreas de pastagens abandonadas, aliado ao potencial dos sistemas agroflorestais como alternativa de produção, estão atraindo o interesse de investidores, em função do real potencial para a recuperação dessas áreas e de sustentabilidade socioeconômica das unidades produtivas, sobretudo das comunidades de pequenos agricultores (Cordeiro, 2007). Porém, o processo de recuperação de áreas degradadas, mediante sistemas de produção apropriados, tendo em vista os aspectos da geração de renda, ocupação de mão-de-obra e redução dos impactos ambientais, necessitam de estudos experimentais para a geração de indicadores técnicos (Santana, 2005). Fazer a análise de validação econômica desses sistemas, que são raros ou ainda inexistentes, além de justificável constitui-se em desafio e alternativa de grande importância para recuperação de áreas degradadas a Amazônia (Santana, 2005).

Neste contexto, os tipos de investigações mais comumente utilizadas são ecológica ou física, silvicultural ou técnica sem, contudo, considerar a rotação ou combinação que maximiza o retorno do capital investido. Muito embora, do ponto de vista do empresário, esta informação é fundamental para orientar sua tomada de decisão. Portanto, estudos específicos que contemple a análise de viabilidade econômica do sistema de produção, tornam-se o ponto-chave para referendar a difusão e implantação dos referidos sistemas de produção, vez que possibilitam a redução de risco de preço, aumento da renda e uso racional dos recursos naturais.

Diversos sistemas têm sido testados pela pesquisa bem como por produtores e organizações (Cordeiro, 2007). Entretanto, ainda são poucas as informações concernentes à viabilidade econômica dos sistemas de cultivo com as espécies Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby (Paricá) e Ananas comosus var. erectifolius (L. B. Smith) Coppus & Leal (Curauá) (Cordeiro, 2007). O monocultivo de Paricá tem se destacado como importante fonte de matéria-prima para a indústria de laminados e compensados, apesar do longo período de tempo para gerar receitas, o que implica em custos elevados de implantação e impede a difusão do sistema por pequenos produtores. Com relação ao Curauá, por outro lado, não se dispõe de informações sobre a viabilidade do sistema de produção. Quanto ao sistema agroflorestal (Paricá e Curauá) não foram encontrados registros na literatura sobre produção e análise técnica e/ou econômica, o que torna esta iniciativa pioneira.

Com relação aos sistemas agroflorestais em geral, embora poucos, foram encontrados estudos que fizeram a análise financeira de sistemas agroflorestais. Esses estudos, demonstraram que as associações de espécies florestais com cultivos anuais proporcionam uma rápida recuperação do capital investido, com geração de renda nos primeiros anos, pela comercialização de culturas agrícolas de ciclos curto e médio, e ao longo da duração do sistema com a venda de diversos produtos (Sá et al., 2000; Santana, 1995; Silva, 2000). Assim, culturas agrícolas em associação com povoamentos florestais, em fase de implantação, podem produzir receita adicional suficiente para cobrir parte dos custos de implantação e manutenção inicial da floresta (Arco-Verde et al., 2006).

Os sistemas agroflorestais do município de Tomé-Açu foram analisados em vários trabalhos. Alguns sistemas, inclusive um com Paricá e cacau, e outros 35 sistemas agroflorestais com diferentes espécies, apresentaram viabilidade econômica e importante impacto na ocupação de mão-de-obra e na redução do uso de insumos químicos e apresentam risco inferior aos sistemas de cultivo tradicionais (Santana e Tourinho, 2000; Valera, 2006). Não obstante estes resultados positivos, os altos custos de implantação e longo período de tempo de maturação dos sistemas agroflorestais têm dificultado a sua difusão entre os pequenos produtores.

O Paricá vem sendo cultivado em reflorestamento e sistemas agroflorestais em diferentes condições edafoclimáticas. No Estado do Pará, a espécie está sendo plantada em larga escala por apresentar rápido crescimento, pela qualidade de sua madeira, para diferentes fins, e boa cotação no mercado. Dos 200 mil hectares de reflorestamento existentes no Estado, 25% corresponde às plantações de Paricá (SBS, 2006). Atualmente, o estado do Pará necessita reflorestar 10 milhões de hectares de áreas degradadas com árvores de rápido crescimento para produção de carvão vegetal, celulose e laminado e compensado. Deste total, a indústria madeireira necessita de um milhão de hectares para laminado, compensado e aglomerados de madeira. O Paricá por apresentar essas características deve contribuir, na expectativa dos empresários, com algo em torno de 60% do total, ou seja, 600 mil hectares. O Curauá, por sua vez assumiu papel relevante na economia do Município de Santarém e na mesorregião Nordeste Paraense, especificamente no município de Santo Antônio do Tauá. Sua fibra é empregada na fabricação de diversos produtos, indo de fibras para a indústria automobilística, fábricas de calçados, cordas, confecção de artesanatos diversos, podendo viabilizar a implantação de agroindústrias. Além disso, a mucilagem, que um subproduto da fibra, pode ser empregado na alimentação animal, na medicina (pois tem uma toxina funciona como bactericida) e na fabricação de papel (Araujo et al., 2002). Atualmente, a demanda por fibras de Curauá a partir da indústria automobilística e têxtil gira em torno de 1000 t/mês, no momento, o Estado consegue produzir apenas 20 toneladas/mês (SEBRAE-Serviço, 2006). Nesse sentido a utilização do Curauá é justificada pelo espaço ocioso nos anos iniciais de estabelecimento da espécie florestal, aliando a possibilidade de auferir rendimentos com a produção de folhas, mudas, fibras e mucilagem com várias colheitas, gerando retorno e renda em curto período.

Apesar da potencialidade de mercado para os sistemas de produção solteiros de Paricá e Curauá e do sistema agroflorestal (Paricá e Curauá), ainda são escassos os trabalhos que avaliam o retorno econômico destas espécies considerando as várias formas de cultivo. Dessa maneira, gerar informação sobre tais sistemas é de fundamental importância para o planejamento e a administração dos atuais e futuros plantios. Como o Paricá e o Curauá são culturas com potencial para gerar emprego, renda e contribuir para a fixação das famílias rurais no campo, a iniciativa do trabalho torna-se justificada.

A fim de gerar informações confiáveis para produtores, técnicos locais e instituições de fomento, com o fito de estimular a difusão efetiva desse tipo de sistema de produção, bem como o apoio financeiro aos pequenos produtores, fez-se a avaliação econômica de diferentes modelos de cultivo, com Schizolobium parahyba var. amazonicum (Huber ex Ducke) Barneby e Ananas comosus var. erectifolius (L. B. Smith) Coppus & Leal no município de Aurora do Pará.

Material e métodos

Caracterização da área de estudo

O experimento foi instalado em 2003, no campo experimental da empresa Tramontina Belém, localizada no município de Aurora do Pará (PA). O campo experimental tem área de 1.043 ha e está situado entre as coordenadas 2°10'00"latitude sul e longitude 47°32'00" w. O acesso principal é feito pela BR-010, distante em linha reta 210 km da cidade de Belém, capital do Estado do Pará. O solo é classificado como latossolo amarelo, de textura areno-argiloso, possuindo baixo teor de matéria orgânica e alta lixiviação. Possui baixo pH, níveis muito baixo de N e P e complexo de absorção altamente insaturado. O tipo de clima predominante na área de acordo com a classificação de Thornthwaite é Br A'a, sendo tropical úmido. A precipitação pluviométrica do campo experimental tem média anual de 2.200 mm, temperatura média anual de 26°C e umidade relativa média de 74%, conforme registros da empresa. As características edafoclimáticas têm se apresentado favoráveis aos diferentes sistemas de plantios experimentais.

Delineamento experimental e condução do experimento

O delineamento experimental dos sistemas avaliados foi o inteiramente ao acaso com 3 tratamentos e 4 repetições. O Paricá foi plantado no espaçamento 4 x 3 m e o Curauá no espaçamento de 0,80 m x 0,50 m. O tamanho de cada parcela foi de 18 m x 24 m com quatro repetições por tratamento, perfazendo um total de12 parcelas e 5.184 m2 de área experimental. Os sistemas analisados foram: I) Monocultivo de Paricá; II) Monocultivo de Curauá e III) Sistema agropoflorestal Paricá e Curauá.

As mudas de Paricá foram produzidas no próprio campo experimental e mudas de Curauá foram adquiridas de fornecedores, provenientes de micropropagação. O solo foi preparado com a roçagem mecânica, se guido de aragem e piqueteamento. Na ocasião do plantio foi realizada a adubação orgânica com esterco de curral (500g/cova) e cama de galinha (150g/cova) para o Paricá e Curauá, respectivamente. No plantio de Paricá, no primeiro e segundo ano, foram realizadas três capinas mecânicas seguido de coroamentos e adubações de 150g/planta NPK (10:20:20) aos 45, 180 e 300 dias. No terceiro ano, dois coroamentos seguido da aplicação de 100g/planta NPK (10:20:20), no início e final das chuvas. No primeiro do cultivo de Curauá foram realizadas três capinas, seguidas de adubação de 10g/planta de NPK (10:10:10). No segundo e terceiro ano, duas capinas, no início e final das chuvas. Com um ano foi realizada a primeira colheita das folhas sendo as mesmas coletadas a cada seis meses. Com dois anos foi realizada a primeira colheita dos rebentos de Curauá, deixando-se a biomassa no solo. Após cada atividade de colheita foi realizada a amontoa nas plantas de Curauá para evitar o tombamento.

Modelo de análise

No referido estudo, o orçamento foi ajustado para um hectare de cada sistema de produção, durante 4 anos. No caso da espécie arbórea (Paricá), adotaram-se valores sobre o volume comercial de madeira oriunda do primeiro (1º) desbaste (realizado no quarto ano), avaliado ao preço de mercado da madeira com casca, em pé e as operações de implantação (plantio + manutenção). O volume foi calculado através da equação log V= -3,4274896 +2,179019*log DAP, onde: R² = 0,90; Syx = 0,06; CV (%) = 8,8; e DMP (%) = 0,97, ajustada para área.

Para o Curauá, obedeceu-se ao calendário anual regular de cultivo e a avaliação foi através do plantio, produção de folhas, mudas, fibra e mucilagem. Com base nos registros das contas do orçamento unitário, elaborou-se o fluxo de caixa, que reflete a projeção das saídas e das entradas efetivadas, monetariamente deflacionadas ao longo do período de análise dos sistemas Paricá, Curauá e Paricá x Curauá, que abrange as atividades de implantação como: preparo de área, produção de mudas, plantio, manutenção, insumos e colheita (quadro 1).

Quadro 1. Resumo das atividades realizadas nos sistemas paricá, curauá e paricá x curauá no Campo Experimental Tramontina-Belém, Aurora do Pará (PA).

Atividades

Unidade

Paricá

Curauá

Paricá x Curauá

Preparo da Área

H/h

-

16

-

Produção de mudas

d/h

1

 

1

Plantio

d/h

22

26

48

Tratos culturais

d/h

17,4

36

13,7

Colheita

d/h

32

20

31

Desfibramento

d/h

-

170

170

Total 

d/h

72,4

268

263,7

Fonte: Dados da pesquisa.

Nota: H/h- Homem/ hora; d/h- dia /homem. o preparo da área para os sistemas paricá e paricá x curauá foi mecanizado.

Os sistemas de cultivo foram avaliados com base nos três principais critérios de análise de projetos de investimento: Valor Presente Líquido (VPL), Razão Benefício/Custo (Rb/c) e Taxa Interna de Retorno (TIR). Para o referido cálculo foi utilizada uma taxa de desconto de longo prazo de 12% ao ano (Santana, 2005).

Valor Presente Líquido VPL

O Valor Presente Líquido (VPL) corresponde ao valor equivalente no instante inicial do fluxo de caixa do projeto de investimento, que agrega os valores monetários atribuídos às despesas e às receitas, trazidos para o instante presente, atualizados uma taxa de desconto (taxa de juros) que reflete o custo de oportunidade do dinheiro investido no respectivo projeto. No Brasil, esta taxa de desconto se refere à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), cujo valor médio dos últimos 10 anos situou-se em torno de 12% ao ano. O valor resultante do cálculo do VPL sendo maior do que zero, implica que os valores dos recebimentos futuros, trazidos à data inicial, superam o valor dos investimentos e custos operacionais necessários para gerar as receitas e, portanto, indicando que o projeto é considerado viável economicamente (Rezende e Oliveira, 2001). Portanto, um VPL > 0 indica que ao final do período de maturidade do investimento, sobra um valor monetário para tocar o dinamismo da atividade em longo prazo (Santana, 2005). Por outro lado, se o VPL < 0, diz-se que o projeto é inviável economicamente à referida taxa de juros, uma vez que os custos (saídas) foram superiores às receitas (entradas). Para o cálculo do VPL procede-se da seguinte forma (Santana, 2005):

Em que:

Rt = Fluxo de receita no ano t;

Ct = Fluxo de custo do projeto no ano t;

n = numero de anos do projeto, (t = 1, 2,....,n)

i = taxa de juros de longo prazo

Taxa Interna de Retorno TIR.

A TIR corresponde à taxa de desconto que torna o VPL igual a zero, ou seja, a TIR permite conhecer o valor máximo da taxa de retorno que o projeto pode pagar pelos recursos utilizados, ou seja, pode cobrir os investimento e custos operacionais realizados no projeto.

Desta forma, a TIR pode ser calculada comparando-se de forma interativa o fluxo de receitas com o fluxo de custos do projeto, atualizado em cada ano. Assim, uma TIR maior do que a taxa de juros tomada como referência (aquela que reflete o custo de oportunidade do investimento, ou seja, o dinheiro utilizado na melhor alternativa), torna o empreendimento viável economicamente. O modelo matemático para obtenção da TIR é dado por (Gittinger, 1995; Santana, 2005; Santana, 1995).

TIR = taxa interna de retorno, (t = 0, 1,..., n).

Relação Benefício/Custo Rb/c

A Relação Benefício/Custo é um indicador de eficiência econômico-financeira e refere-se ao retorno dos investimentos a partir da comparação entre receitas e custos atualizados à taxa de desconto que reflete o custo de oportunidade do investimento em longo prazo. Para efeito de análise, importa que este índice seja maior que 1, uma vez que este resultado indica em quanto as receitas superam os custos. Assim uma Rb/c igual a 2,5, por exemplo, significa que para cada real investido no projeto, o retorno bruto é de 2,5 reais ao final do projeto. Por outro lado, uma Rb/c < 0 significa que os custos são maiores do que as receitas, indicando que o projeto não é viável economicamente. O índice Rb/c é calculado por meio da seguinte fórmula (Gittinger, 1995; Santana, 2005; Santana, 1995).

Resultados e discussão

No que se refere aos benefícios socioeconômicos, o acompanhamento das atividades desde aquisição de mudas, capina, roçagem, plantio, dentre outros, permitiu caracterizar a equivalência dos custos e benefícios de implantação do sistema, até o quarto ano de cultivo. Foram considerados preços atualizados para o ano de 2006. Os resultados obtidos para VPL, TIR e Rb/c para o Curauá; cultivo florestal de Paricá e o sistema agroflorestal (Curauá e Paricá), indicam valores atualizados à taxa de desconto de 12% a.a, de modo que essa taxa reflete o custo de oportunidade do capital investido em longo prazo (quadro 2).

Quadro 2. Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e Relação Benefício Custo (Rb/c) por sistema de cultivo no campo experimental Tramontina Belém S.A, Aurora do Pará (PA), 2007.

Sistemas

Indicadores Econômicos

 

Receita (R$)

Custo (R$)

VPL (R$.ha)

TIR (%)

R B/C

Paricá - P

419,4419

33.405,148

-65.971,41

-

0,01

Curauá - C

43.221,5

33.294,76

19.853,44 

44

1,29

Sistema (PC)

 

 

 

 

 

a) F e M

26.324,00

31.835,00

-5.511,27

-2

0,83

b) F, M e MC

41.342,8

31.834,96

9.507,795

33

1,29

Fonte: Dados de pesquisa de campo; F= fibra; M=muda; e MC= mucilagem

Nota: comercialização de curauá - a)de folhas e mudas e b) de fibras, mudas e mucilagem.

Nota-se que na atividade florestal, até o quarto ano, os custos são elevados em razão das atividades estarem relacionadas ao processo de implantação, manutenção e corte. Como era esperado, durante esse período, o saldo foi negativo, ou seja, o cultivo de Paricá apresenta receita inferior às despesas. Como receita, computou-se apenas o valor referente à madeira retirada de 30% do povoamento, quando da realização do primeiro desbaste (4º ano), sendo um valor pequeno, não cobrindo os custos. Porém, espera-se que a partir de então o primeiro saldo positivo deva vir em decorrência do segundo desbaste que será realizado no oitavo ano e posteriormente do corte final aos 12 anos. Assumindo os valores obtidos pra a área (Cordeiro et al., 2006), cujas árvores de Paricá apresentaram os valores de incremento médio anual em altura de 2,93 m/ano, diâmetro de 3,81cm/ano e volume de 161,57 m³/ha, estimou-se que nos cortes futuros, com 8 e 12 anos, a produção volumétrica do povoamento maximize o VPL.

O cultivo do Curauá solteiro apresentou VPL igual a R$ 19.853,44/ha, indicando que a cultura pode ser implantada sem prejuízos ao investidor. Com relação aos resultados da Rb/c, da ordem de 1,29, indica-se que ao final do projeto haverá um retorno de R$ 1,29 para cada R$ 1,00 investido, indicando que o projeto é viável economicamente. Esse comportamento se deve ao fato de que no primeiro ano, quando da realização da primeira colheita, a receita cobre 90% das despesas. A partir dos valores das colheitas realizadas a cada quatro meses é possível pagar todo o investimento e obter no final de quatro anos uma receita de R$ 43.221,50. No que diz respeito à TIR, obteve-se um valor de 44% de retorno, superior ao custo de oportunidade de 12%, demonstrado que a cultura do Curauá é lucrativa ou viável economicamente (quadro 2).

No caso do Paricá solteiro, o VPL foi igual a - R$ 65.971,41, mostrando que os custos foram superiores às receitas. Portanto, o plantio do Paricá solteiro sem uma cultura de ciclo curto a ela consorciada, visando amortizar os custos, pode tornar inviável sua implantação nos anos inicias de cultivo, de acordo com os resultados técnicos dos experimentos estudados. No entanto, ressalta-se que todo plantio florestal requer longo prazo para tornar-se economicamente viável, porém propiciam emprego e melhoria ambiental, dois pontos importantes para a sustentabilidade.

O sistema agroflorestal (Paricá e Curauá), envolvendo apenas a colheita de folhas e mudas do Curauá não apresentou viabilidade econômica. Portanto, o SAF (Paricá e Curauá) mostrou-se viável economicamente apenas quando colhido fibra (principal produto), mudas e mucilagem do Curauá (quadro 2).

No sistema Paricá e Curauá quando da comercialização das folhas e mudas é possível amortizar 97% do capital investido em terras e em despesas de reflorestamento com o sistema agroflorestal, representadas pelo preparo do solo, plantio, produção de mudas, tratos culturais, controle de pragas e outras. De outro modo, a comercialização de fibras, mudas e mucilagem, o investimento é todo pago e ainda gera 53% de lucro, ou seja, os custos são compensados pela receita obtida com a venda do Curauá ao preço de R$ 3,50 o kg da fibra, R$ 0,35 o preço das mudas e R$ 0,04 o preço do kg da mucilagem. A partir do terceiro ano, a continuidade da exploração do Curauá é perfeitamente exeqüível. Além dessas vantagens, o plantio de Curauá com Paricá constitui-se em real oportunidade de investimento que, se bem administrado, proporcionará rentabilidade superior a vários investimentos agropecuários e algumas alternativas de aplicação no mercado financeiro.

O intercultivo possibilitou pagar o investimento inicial tanto de implantação e manutenção do sistema agroflorestal, quanto da floresta pelo ganho na produção de Curauá, ou pelo aumento da produção final do Paricá beneficiado com a presença do Curauá.

Percebeu-se, também, que o aproveitamento da área possibilitou potencializar os plantios florestais no período de estudo, entretanto espera-se que o Curauá seja explorado por um período de até seis anos, contribuindo fortemente para amortizar os custos de implantação e condução da floresta de Paricá até que as árvores sejam abatidas para o mercado.

Apenas como elementos de referência, em relação à avaliação de sistemas agroflorestais e/ou sistemas de produção em consórcio, apresentam-se casos de sistemas agroflorestais conduzidos com sucesso pelos agricultores nipo-brasileiros no município de Tomé-Açu, demonstrando eficiência no uso da terra por meio da diversificação de cultivos, combinando cultivos de ciclo curto (arroz, feijão, milho), ciclo médio (maracujá, mandioca, mamão) e ciclo longo (cacau, pimenta-do-reino, cupuaçu, seringueira, etc.) além de cultivos exóticos (Barros et al., 2002; Santana e Tourinho, 2000; Valera, 2006). A Viabilidade econômica dos modelos agroflorestais foi positiva nos sistemas estudados em Manaus -AM (Santos et al., 2002), principalmente com espécies com grande aceitação no mercado local.

A estabilidade da produção e o ingresso no sistema de intercultivo têm sido utilizados como critério para a comparação com monocultivos e justificar sua adoção (Montoya, 2002). Fazendo uso de simulações em sistemas agroflorestais para o município de Uruará, Estado do Pará (Mendes, 1997), usando o cálculo por indicadores econômicos, a combinação de cacau sombreado com cumaru (Dipterix odorata) intercalado com pupunha (Bactris gasipaes) para palmito e cupuaçu (Theobroma grandiflorum), como altamente promissor financeiramente. Por outro lado, tem sido argumentado que a diversidade do agroecossistema eleva a estabilidade ecológica e financeira reduzindo riscos para o produtor. Porém, há necessidade de que cada componente do sistema seja independente e ao mesmo tempo complementar.

Fato importante a ser salientado foi que todas as respostas econômicas apresentadas neste trabalho derivaram diretamente do preço de mercado, pressionado pela demanda superior à oferta. Caso haja incrementos fortes do lado da oferta, de modo a igualar ou superar a demanda, os preços podem sofrer queda e influenciar negativamente o desempenho econômico desses sistemas, de acordo com o grau de sensibilidade do Curauá e do Paricá ao preço. Portanto, o produtor deve ficar alerta para essa tendência de mercado.

Além dos níveis de rentabilidade econômica direta dos sistemas analisados, é importante destacar a ocupação de mão-de-obra e a geração de emprego nas diferentes atividades realizadas desde a fase de implantação até a produção, perfazendo um total de, aproximadamente, 604 dias homem (d/h) por hectare ano, sendo 72,4 d/h por hectare de Paricá, 268 d/h por hectare de Curauá e 263,7 d/h por hectare do sistema agroflorestal (Paricá e Curauá) (quadro 1).

Adotando o conceito de equiva lente-homem, que corresponde a uma pessoa adulta trabalhando 300 dias por ano como igual a um emprego, tem-se que quatro hectares de Paricá geram um emprego. No sistema agroflorestal (Paricá e Curauá), gera-se um emprego para cada 1,2 hectare, da mesma forma que o cultivo de Curauá.

Estes resultados mostram que o sistema agroflorestal além de importante para a recuperação de áreas degradadas, é fundamental pela capacidade de inclusão social das comunidades rurais, em função da alta capacidade de gerar emprego. Além disso, esta atividade movimenta duas cadeias produtivas: a de fibra e a de laminado de madeira, o que multiplica o número de empregos nos locais da Amazônia onde as áreas alteradas apresentam condições edafoclimáticas para o desenvolvimento desta atividade (Cordeiro, 2007). De acordo com informações do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), a área destinada a reflorestamento do Distrito Carajás é da ordem de 9,6 milhões de hectares. Assumindo que 10% deste total sejam reflorestadas com o sistema agroflorestal (Paricá e Curauá), cria-se possibilidade de emprego direto para 800 mil pessoas, apenas no elo de produção da cadeia produtiva.

As espécies analisadas no sistema têm uso diversificado e representam uma oportunidade de agregar valor a partir do processamento do produto, possibilitando satisfazer diversos segmentos de consumidores. Além do mais é uma modalidade de aproveitamento de áreas degradadas ou de menor valor da propriedade, sendo uma forma de diversificação da fonte de renda e uma alternativa para ocupação da mão-de-obra ao logo do ano, pela flexibilidade do calendário das operações culturais.

No contexto regional, a importância econômica e social é inquestionável, na medida em que a cadeia agroflorestal pode vir a ser uma forma de dinamizar a região em um novo eixo de desenvolvimento com maior participação de produtores rurais, de empresários do setor urbano e da população economicamente ativa, que não encontra ocupação dentro da própria região.

O sistema agroflorestal implantado procurou compatibilizar as necessidades econômicas e ambientais da sociedade com qualidade, eficiência e rapidez. Os estudos mostraram, no entanto, que é preciso cada vez mais imitar a natureza. Os modelos de plantios adotados devem assegurar o equilíbrio entre a produção sustentável para obtenção de bens e serviços proporcionados pela floresta. A associação de culturas anuais ou de ciclo curto juntamente com as árvores reduz os custos de implantação do sistema agroflorestal. Em médio prazo, o custo também é minimizado, quando as árvores começam a gerar produtos comercializáveis, como madeira.

Conclusões

O plantio de Curauá em cultivo puro apresentou viabilidade econômica, segundo os critérios do VPL, TIR e Rb/c.

O intercultivo de Curauá no plantio de Paricá possibilitou pagar o investimento inicial tanto de implantação quanto de manutenção do sistema florestal e/ou agroflorestal, propiciando melhor uso da área até o período de corte da espécie florestal e contribuindo para aumentar a estabilidade do fluxo de caixa.

O sistema de produção do Paricá em cultivo puro, nos quatro primeiros anos de cultivo, não apresentou viabilidade econômica. Isto indica, pelo menos à luz dos resultados obtidos do experimento, que há necessidade de combinação do Paricá com uma cultura de ciclo curto para amortizar o investimento inicial.

O modelo agroflorestal apresentou viabilidade econômica pelos critérios da TIR, VPL e Rb/c, mostrando boas possibilidades de sucesso em empreendimentos do tipo, sobretudo como alternativa de recuperação de áreas de pastagens alteradas do Estado do Pará, e de suprimento da demanda insatisfeita por madeira para a produção de laminados, compensados e aglomerados de madeira, além de reduzir o impacto sobre a floresta amazônica.

O sistema agroflorestal também pode ser empregado como alternativa de gerar emprego e renda para as comunidades de pequenos produtores rurais do Estado do Pará. No sistema agroflorestal (Paricá e Curauá), gera-se um emprego em cada 1,2 hectare implantado. Isto é fundamental para a economia rural do Estado do Pará, pois, atualmente, os pequenos agricultores Com-Terra e/ou Sem-Terra exploram sistemas de cultivos com base na derruba e queima da floresta e com emprego de técnicas agronômicas apropriadas ao uso dos solos da Amazônia, causando grande impacto sobre a floresta amazônica.

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