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Interciencia

versão impressa ISSN 0378-1844

Resumo

BOSTON, Christine E  e  ARRIAZA, Bernardo T. Arsenicismo y anomalias teratógenas em populações da costa do deserto de atacama no Chile prehispánico. INCI [online]. 2009, vol.34, n.5, pp.338-343. ISSN 0378-1844.

Neste trabalho foi avaliado o modelo de que a exposição crônica ao arsênico ("As") desempenha um papel importante no desenvolvimento de anomalias teratógenas. As populações ancestrais do norte do Chile são adequadas para isso, já que por vários milênios têm estado expostas a quantidades importantes do elemento e têm continuidade biocultural. A água do rio de Camarones, no Deserto de Atacama, contêm níveis de "As" muito elevados, 100 vezes o recomendado por normas internacionais, pelo qual foi testada a hipótese de que os primeiros habitantes desta zona, os Chinchorros, tinham sido afetados por este metal a partir de 5000 A.C. e que o mesmo influiu na origem de complexas práticas de mumificação. Foram examinados 199 esqueletos do Museu Arqueológico San Miguel de Azapa, Universidade de Tarapacá, Arica, Chile, procurando por evidências de sete patologias supostamente teratógenas e relacionadas ao "As": lábio leporino, polidactilia, sindactilia, espinha bífida, pé equino, deformações dos olhos e deslocamento da cadeira. Os achados revelan que o impacto do "As" varia regionalmente e que as populações do vale de Camarones tiveram maiores frequências de lessões na pele e espinha bífida. Os dados não validam a hipótese teratógena, já que somente achou-se espinha bífida nas populações estudadas. No entanto, a presença de espinha bífida nos três vales amostrados implica uma complexa interação genética e meio-ambiental. A presença endêmica do "As" nas múmias e em sua cultura material reforça a hipótese do "As" para explicar o aparecimento da complexa mumificação artificial em populações Chinchorro.

Palavras-chave : Arsenic; Atacama Desert; Mummies; Paleopathology.

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