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Núcleo
versão impressa ISSN 0798-9784
Resumo
VILCHEZ, Mayela J e FIGUEROA, Vicente Jesús. A dêixis e a foricidade como sinais de ancoragem enunciativa. Núcleo [online]. 2009, vol.21, n.26, pp.181-200. ISSN 0798-9784.
Em trabalhos anteriores sobre os problemas de escritura (Manrique y Vílchez, 2003; Vílchez et al., 2002; Vílchez y Manrique, 2004), se observou que os estudantes universitários costumam substituir os valores fóricos com formas dícticas para ancorar seus textos como acontece com aqui, agora que é substituído pelo eu enunciador. Nesta pesquisa se pretende fazer uma reflexão teórica entre o dícticomostrativo e o fórico-textual para encontrar explicações satisfatórias da razão pela qual estes valores, principalmente sintáticos, determinem, em grande parte, o processamento ou a recuperação semântica dos textos. Foi analisada a operacionalidade dos marcadores referenciais a partir das reflexões de Bühler (1979) e, além de contribuir com sua descrição funcional, confirmar o postulado pragmático: em toda demarcação díctica-fórica está implícita a intenção do sujeito. A conclusão foi que a anáfora constitui, por sua natureza recursiva, um dos mecanismos mais importantes para conseguir a integração textual através da precisão das fontes de enunciação, a economia da função assinaladora e a determinação mental de pressuposições espaço-temporais. Recomenda-se que, devido a sua importância como variável de tipo contextual, seja ensinada explicitamente na sala de aulas desde a escola básica inicial, já que nela convergem todos os níveis de organização lingüística e por possuir um valor retórico para adquirir as formas discursivas do âmbito acadêmico.
Palavras-chave : díctico; fórico; ancoragem enunciativa; escritura acadêmica.